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Conhece-te a ti mesmo...




Saímos da nossa zona de conforto com o objetivo de conhecer outros lugares, cultura ou idioma, mas quando chegamos a nosso destino final descobrimos que fomos levados até ali para conhecer o nosso Eu. Estar em um lugar ou país onde ninguém te conhece e descobrir que em muitos aspectos nem você se conhecia, as vezes se torna assustador. É estranho perceber que conhecemos muitas coisas, mas não nos conhecemos. Explorar nossas emoções, dosar nossos sentimentos, dar valor ao que nunca tínhamos nos atentado, conviver com uma saudade que insiste em nos trazer a memória todas as pessoas que amamos, é um desafio diário. Descobrimos que a saudade se torna um sentimento onde podemos resumir os outros. Até mesmo porque só a sinto se eu amava ou amo, gostava ou gosto ou me interessava por algo que ficou ou simplesmente deixei para trás.

Sempre achamos que conforme a regra, doutrina e todos os princípios, nossa família deve sempre nos amar, e por muitas vezes não damos valor a esse sentimento, mas quando estamos longe, distantes do nosso meio familiar sentimos e temos a real certeza do valor desse amor. Não existe e nunca terá em nenhum lugar do mundo alguém que nos ame mais do que eles.  Descobrimos que amigos são bens preciosos, adquiridos conforme o tempo que dedicamos a cada um deles e quando estamos longe esse tempo é devolvido com demonstrações de carinho, palavras de conforto e a notoriedade de uma saudade recíproca.

Por muitas vezes defrontar-se com a solidão e perceber que ela é a única companhia, faz com que deixemos de ouvir a voz dos outros e passemos a perceber com mais sensibilidade a presença do Espirito Santo nos consolando e falando ao nosso coração, lá no intimo, no mais profundo da nossa alma. Então, ele começa a trabalhar nosso caráter, maneira de pensar, forma de olhar o mundo e vai alicerçando nossa fé, até mesmo quando não nos basta somente crer. E assim, começamos a crer que existem amigos mais chegados que um irmão, crer que podemos fazer a diferença na vida de alguém, crer que Deus nos ama incondicionalmente e independente de onde quer que estejamos.

Cíntia Barros.

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@pegos...



Quando criança muitas vezes gostamos das pessoas pelo o que elas nos dão ou fazem por nós. “se o vovô me der uma boneca, dou um beijo nele”. “se a mamãe me deixar jogar vídeo game, eu digo que a amo” e assim crescemos com esses princípios e métodos toscos de nos apegarmos primeiro ao o que as pessoas têm ou podem fazer por nós. Podemos mensurar quanto custa os bens palpáveis e virtuais, mas nunca poderemos mensurar os sentimentos, seja ele bom ou ruim.

Estamos vivendo uma realidade de apegos e desapegos tão constante que os sentimentos mais puros perderam seu valor. Tornaram-se combinação de letras e sinais do teclado. Ver um amigo na “cam”, teclar com ele no “msn” já basta, não precisa encontra-lo. E assim vamos nos apegando e desapegando conforme  o site de relacionamento ou canal de conversa. Isso está nos levando ao desapego a vida. É  mais fácil escrever vários “kkk” pra dizer que estou sorrindo do que sorrir na frente de um amigo, tá mais na moda  mandar um emotion de uma bonequinha abraçando do que abraçar e sentir o calor e afeto do outro.

Amizades efêmeras, juras de amor que não ultrapassam um “sign out”. Parece que nosso coração se transformou em um pen-drive com pouca capacidade de memória e que rapidinho temos que deletar alguém para colocar outro sem se importar no quanto aquele alguém foi importante ou  representou em nossa vida.

Com essa corrida desenfreada da tecnologia, de tudo muito imediatista, terminamos absorvendo isso de uma forma tão forte que fazemos assim também com as pessoas e com Deus. Queremos que Deus nos responda rápido, sem ‘perder’ tempo, e alguns acham que a bíblia está ultrapassada e não se enquadra mais na realidade do mundo moderno e tão desprovido de sentimentos.
Deus é o mesmo ontem, hoje e para sempre será. O amor que não podemos comprar, sentimos pela sua graça. O carinho que não podemos pegar emprestado, recebemos por sua misericórdia. 

Devemos nos apegar a Deus e desapegar das coisas que não edificam que não alimentam a alma. Não posso dar amor se não o tenho. Não sentirei o prazer de abraçar se sempre uso um teclado pra expressa-lo. O avanço tecnológico é bom? Sim, claro que é, a globalização pede passagem, mas não devemos esquecer que somos humanos e fomos criados com sentimentos seja ele de amor ou só atração.  Demonstrar afeto e apego no mais real sentido da palavra é tão moderno quanto o que ainda está por vir.

Cíntia Barros

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