Turistiando a vida

Você já teve a sensação de estar nos bastidores à espera da próxima cena de sua vida? O palco está escuro, você aguarda que as luzes se acendam e a cortina suba. O primeiro ato pode ou não ter corrido bem, mas nesse meio tempo você passou por um intervalo prolongado e começa a duvidar se o segundo ato vai mesmo começar.

Conhecemos o amor através de condições. Amamos se... Amamos quando... Amamos porque..., essa frase faz parte do começo de uma musica da Mariana Valadão. Ouvi e fiquei me perguntando, afinal, Se Deus é amor e o recebemos de graça, porque criamos condições para poder amar alguém? Criamos condições porque queremos limitar esse amor ou não o sabemos partilhar como Deus realmente quer. 

Se o amor é algo que não podemos comprar, se seu valor é imensurável, por que as vezes o banalizamos? Banalizamos porque as vezes não sabemos seu real valor e achamos que amar é somente troca de favores.  “Ama teu próximo como a ti mesmo” o próximo não é só seus amigos e familiares, é tudo mundo. Como é difícil amar a quem nos machucou, a quem acabamos de conhecer ou quem literalmente não nos é interessante em nada. Para amar precisamos nos humilhar e se despojar de todos os EU’s, não conheço nenhum orgulhoso ou egoísta que saiba amar.  

Amar é ajudar a superar momentos difíceis, é dá as costas não por ingratidão, mas para carregar o outro quando estiver cansado, é abrir mão de algo que só iria satisfazer a você e mudar para algo que satisfaça a vários, é perguntar se “está tudo?” não só por curiosidade ou habito, mas por preocupação e interesse em ajudar, amar é fazer a vontade de Deus, não pelo o que ele é, mas por sermos gratos por Ele nos amar primeiro e por NUNCA nos abandonar, mesmo quando o colocamos fora dos nossos planos. Oh Jesus, nos ensina a amar como o Senhor nos amou e ama, nos ensina a perdoar como o Senhor nos perdoa e que a única condição para amarmos ao próximo seja o cumprimento do teu querer. 

Cíntia Barros

(Vídeo - Crianças definem o que o AMOR - By Jô Soares)

Traçamos metas, miramos alvos, fazemos planos e mais planos. E , quando achamos que estamos no caminho certo, na mira para o tiro certeiro, tudo muda, parece que a mente perde a conexão com a alma e aquele caminho tão desejado não nos motiva mais, perdemos a mira do alvo e os planos não passam de meros rascunhos. Vivemos em um eterno equilíbrio, desequilíbrio e equilíbrio, conforme o conhecimento que vamos adquirindo. Agimos por impulso, por instinto, por amor, ódio, gratidão e até por pena.  

Muitas vezes parece que somos folhas levada pelo vento. Corremos tanto, nos preocupamos tanto que passamos de dias sem nem olhar para o céu e só percebemos que o Sol está ali, porque a pele queima. Inconstâncias de humor, palavras que machucam e atitudes que desestruturam nosso estado emocional fazem parte do dia-a-dia do ser humano. Hoje estamos vivendo o futuro do ontem, mas parece que não percebemos que o futuro é todos os dias, qual será o dia do futuro? Amanhã? O amanhã chamaremos de Hoje.

Claro que é difícil se reerguer quando somos frustrados, decepcionados ou perdemos a direção sem nem perceber.  Ser cristão, acreditar em um Deus que pode todas as coisas, não nos isenta de passar por provações ou decepções, por isso não devemos jogar a culpa de nossas falhas em Deus. 

Será que o que tanto sonhamos ou planejamos é realmente o melhor para nós?  O Senhor tem os melhores planos e sonhos para nossa vida, sonhar os sonhos de Deus não é tão fácil, mas é a melhor escolha. É ter a certeza de que os sonhos não serão frustrados ainda que o mundo e as circunstâncias digam não, que os desequilíbrios da vida tentem nos derrubar. Assim diz o Senhor, se o nosso alvo e o centro da nossa vontade for agradar a Deus, as demais coisas nos serão acrescentadas. Que assim seja na minha vida e na sua. 

Cíntia Barros