O que esperamos
do outro? Amores, favores, sorrisos, atenção, ajuda, palavras bonitas, abraços
afetuosos, respeito, educação...sim, esperamos tudo isso e mais um pouco. Mas,
cobramos, pedimos algo que muitas vezes não nos dispomos a oferecer ou achamos
que o outro é obrigado a nos cercar de tudo isso. Deus menciona na Bíblia em I João 4:11 que
nós devemos amar uns aos outros, porem, acredito que isso não signifique dizer
que amar ao outro seja uma “troca de gentilezas”.
É comum a nossa natureza humana, sermos
tendenciosos a escancararmos nossa forma de amar com aqueles que nos amam, que
estão próximos, que temos afinidades ou interesse em algo. Assim, externamos de
forma mais explicita e até mais pratica o amor citado no evangelho de João. Entretanto,
não é porque não deixamos explicito, nítido o amor por aqueles que não temos
afinidade, que signifique dizer que não o amamos.
Não posso
oferecer amor e achar que por isso tenho direito de cobra-lo. Não acho que amor
é algo que cresce a medida que recebemos. Acredito que não seja bem assim. Entendo
que a medida que o disponibilizamos, seja com atos de compaixão, gratidão e até
mesmo ético, por que não?! Teremos mais oportunidades de partilha-lo, teremos
mais a oferecer e assim sermos gratos ao Senhor.
Seja formal, tímido, discreto, extravagante...
não vai ser a forma, a maneira de amar o próximo que vai dizer se é verdadeiro,
intenso e puro. Claro que não! Pare de pensar assim! Concluo com a frase que vi em uma rede
social: “Vai onde precisa de amor e: AMA. Do seu jeito, mas AMA!”
Cíntia Barros